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Tortiletras: mini-festival de literatura latino-americana


Em parceria com La Casita, galeria e espaço cultural mantida em Santos pelos artistas Nice Lopes e Gabriel Montenegro, inicio em 24 e 25 de junho o Tortiletras: mini-festival de literatura latino-americana, com sessões às 16 e 19 horas, em que vou preparar uma tortilha espanhola e oferecer uma aula sobre o escritor chileno Roberto Bolaño (1953-2003). Junto, uma taça de vinho ou uma cerveja artesanal.

Com o título Degustando o detetive selvagem, o primeiro Tortiletras irá levar aos participantes a obra inédita em português de Bolaño, que teve lançado agora no Brasil O espírito da ficção científica, um romance póstumo que servirá de guia para apresentar os grandes temas que permeiam a obra do chileno: a violência e as ditaduras na América Latina, em especial a violência contra as mulheres, o valor da poesia, o exílio e a própria Literatura, que aparecem em obras como Os detetives selvagens, Noturno no Chile ou 2666, mais conhecidas do público em português. Não importa que as pessoas não tenham familiaridade com os livros do chileno, a ideia é que eles sirvam de guia pelos caminhos da América Latina.

Entre o material inédito, destaco as biografias fictícias de La literatura nazi en América, livro de 1996 que despertou o interesse do público e da crítica pelo autor chileno, bem como seus livros de poemas Los perros románticos, Tres e La Universidad Desconocida, além do romance Una novelita lúmpen ou os relatos de Amberes, El secreto del mal e El gaucho insufrible, e ainda seus textos para jornais reunidos em Entre paréntesis, entre outros.

Livros e tortilhas

Mais do que uma aula, a proposta de Atanes aposta na “fome” das pessoas por livros e pelos temas do continente. Assim, cada encontro será dividido em duas partes. Na primeira, a degustação, enquanto o “estudioso” prepara a tortilha na cozinha, os participantes poderão ler, folhear e levantar questões sobre a obra de Bolaño.

Na segunda, o prato principal, com as tortilhas e bebidas servidas, parto dos assuntos levantados na degustação para tentar desvendar os nós entre Histtória e Literatura.

Apesar do Atanes galego (galego do Macuco!), minha tortilha não é um segredo de família que recebi de minha vó, mas sim uma receita que aprendi com uma amiga de Barcelona. Não é nada gourmet, é uma simples tortilha que será compartilhada, um motivo para se reunir. A ideia é que eu prepare algo para as pessoas enquanto vamos fazendo a conversa inicial. O prato principal será a literatura.

Perguntei para a Nice Lopes o que ela diria à imprensa e ela me escreveu: "A ideia de juntarmos literatura e gastronomia em La Casita surgiu dos encontros que sempre tivemos com nossos amigos regados a bom papo, vinho e petiscos. E numa desses encontros, resolvemos oferecer essa experiência a quem aprecia boa literatura e boa conversa”.

É isso aí.

A bibliografia

Roberto Bolaño Nascido no Chile em 1953 e tendo morado no México na adolescência e primeira juventude e na Catalunha, Espanha, até sua morte em 2003, Roberto Bolaño começa a publicar no início dos anos 80 por meio de concursos literários de cidades espanholas. Após o sucesso de “La literatura Nazi en América”, transformou-se em um dos autores de língua espanhola imprescindíveis da atualidade. “Os detetives selvagens” (1999) conquistou os prêmios literários Herralde (Espanha) e Rómulo Gallegos (Venezuela).

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