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Nova homenagem a Ranulfo Prata


Ranulfo Prata, homenageado na Tarrafa Literária

Após a homenagem durante a 10ª edição do Festival Tarrafa Literária, quando foram apresentados trechos de seu romance Navios Iluminados (1937), volto à Realejo Livros no dia 24, uma sábado, a partir das 19 horas, para conversar sobre o médico e escritor Ranulfo Prata (1896-1942). A livraria fica na Avenida Marechal Deodoro, 2, no Gonzaga.

Quem quiser se adiantar pode dar uma olhada em minha dissertação de mestrado em História Social História e Literatura no Porto de Santos: o romance de identidade portuária Navios Iluminados (2008), disponível no portal de dissertações e teses da USP.

Navios Iluminados tem como protagonista um migrante nordestino que busca ganhar a vida como estivador no porto de Santos. Ao lado de outros migrantes e imigrantes, José Severino de Jesus tenta sobreviver no bairro portuário do Macuco.

Ranulfo Prata é ele mesmo um migrante. Natural de Lagarto, no interior de Sergipe, inicia seus estudos de medicina em Salvador e conclui o curso no Rio de Janeiro no início da década de 20, tendo feito a residência médica no mesmo hospital em que Lima Barreto se recuperava de suas crises, ficando amigos. Nesse momento já havia lançado seu primeiro romance (O Triunfo, 1918). Nos anos seguintes, publica mais um romance (Dentro da Vida, 1922) e dois livros de relatos. Muda-se constantemente entre o Rio de Janeiro, interior de São Paulo e interior de Minas Gerais, de acordo com o exercício da Medicina.

Em 1927, conquista a vaga de radiologista da Santa Casa de Santos e muda-se com a família para a cidade, onde passa a trabalhar também na Sociedade Beneficência e no ambulatório da Companhia Docas, além de atender em seu consultório particular. É quando passa a travar contato com o universo dos trabalhadores do cais, matéria-prima de sua principal obra.

Em meio à prática médica, fica sem publicar ficção até que saia Navios Iluminados. De acordo com o historiador Luis Bueno, autor de O romance de 30, Navios Iluminados inaugura o que chamou de “romance da nova dúvida”, vertente literária dos anos finais da década de 30, quando a literatura proletária já havia perdido o horizonte revolucionário.

Com cinco edições brasileiras e uma tradução publicada em Buenos Aires (Vapores Iluminados, 1941), o livro teve uma reedição recente a cargo da Edusp, dentro da coleção Reserva Literária, cujo objetivo é resgatar obras literárias.

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